sábado, 6 de novembro de 2010

A História da Pilha.


A primeira pilha foi construída em 1.800, pelo físico italiano Alessandro Volta (1745-1827). Baseando-se nos relatos de diversas experiências de Otto Von Guericke, Ewald George Von Kleist, Petrus Musschembroek, Giovanni Batista Beccaria, Jean Antoine Nollet e principalmente do seu amigo físico Luigi Aloísio Galvani. Volta comprovou serem necessários dois metais diferentes e um líquido que contenha íons para obter-se eletricidade. Em 1795 conseguiu obter eletricidade mergulhando um pedaço de cobre e um de zinco em uma solução de ácido sulfúrico, construindo o primeiro gerador elétrico. Para aumentar o efeito do seu gerador, Volta empilhou lâminas de cobre e zinco, separadas por panos úmidos em solução de ácido. Esse dispositivo ficou conhecido como pilha de Volta ou simplesmente pilha.

Devido ao fenômeno de polarização, a pilha de Volta mostrou-se limitada, pois a reação da pilha provocava o surgimento de bolhas de hidrogênio em torno do disco de cobre, formando uma película sobre a superfície que isola a corrente, comprometendo a eficácia. Porém, em 1836, esse problema foi resolvido pelo químico inglês John Daniel. A pilha consistia de um eletrodo negativo de zinco mergulhado em um eletrólito de ácido sulfúrico diluído, e um eletrodo de cobre em uma solução saturada de sulfato de cobre. Os dois líquidos eram separados por uma membrana porosa, e não ocorria o efeito da polarização.

Willian Grove, três anos após os experimentos de John Daniel, inventou a pilha termovoltaica e eletroquímica, constituída por arame de platina como eletrodo, para o eletrólito utilizava-se ácido sulfúrico e ácido nítrico.

Em 1868, o engenheiro francês George Laclanché construiu uma pilha que tinha eletrólito líquido composto por uma solução forte de cloreto de amônio. O eletrodo negativo era uma placa de zinco e o positivo um bastão de carvão inserido em um tubo poroso, contendo também carvão esmagado e dióxido de manganês.

A pilha de Laclanché foi aperfeiçoada por Gassner em 1886, Gassner substituiu a solução eletrolítica por uma pasta úmida, onde o zinco aparece como recipiente, além de ser pólo negativo. As “pilhas secas” existentes hoje em dia, derivam da pilha criada por Gassner.

No início do século XX, só nos Estados Unidos, 2 milhões de pilhas foram fabricadas. Desde então, houve dois períodos de crescimento rápido nesse mercado. Em 1920, com o invento do rádio doméstico, e na segunda metade do século, com o crescente uso de equipamentos elétricos e eletrônicos portáteis.

Em 1954, o Brasil começou a produção de pilhas Leclanché, com a implantação de uma fábrica da Eveready e uma da Microlite (Ray-o-Vac). Até então as pilhas eram utilizadas somente para o funcionamento de lanternas elétricas portáteis. Antes do surgimento do transistor, os rádios demandavam baterias de pilha, cujo alto custo limitava seu uso às regiões desprovidas de energia elétrica.

Já no final da década de 70, as pilhas do tipo zinco-carvão eram as mais consumidas, foram produzidas cerca de 1 bilhão de unidades/ano. Com a crescente utilização de pilhas, outras duas fábricas também se instalaram no Brasil: a Panasonic, em 1968, e a Eletromoura (Wayotec) em 1979, foi a partir daí que o uso da pilha popularizou-se.

As pilhas alcalinas começaram a ser produzidas no Brasil pela Microlite, em 1978, seguida pela Duracell (1984) e pela Eveready (1987). A capacidade de produção instalada na década de 80 já superava 1,2 bilhões de unidades/ano. A indústria estava preparada para o crescimento econômico, porém houve uma recessão, e com ela uma sensível queda no consumo de produtos populares, dentre eles, as pilhas.

Em 1994, o mercado de pilhas zinco-carbono era estimado em 680 milhões de unidades/ano e o de pilhas alcalinas, em 60 milhões de unidades/ano. Esses números representavam, então, aproximadamente 85% da produção nacional. Desse total, 15% eram exportados, inclusive para a Europa.

Houve um grande crescimento no mercado de pilhas nas últimas décadas do século XX, e atualmente movimenta bilhões de dólares em todo o mundo.

As pilhas e baterias são inegavelmente necessárias para o cotidiano do homem moderno. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o consumo per capita chega a ser de 5 pilhas ao ano. Já nos países industrializados o consumo chega a ser de 15 pilhas por ano. Assim, podemos traduzir como consumo mundial, aproximadamente 10 milhões de pilhas/ano.

Em 1990, o mercado consumidor era de 23 milhões de dólares, mas em 1996 esse valor passou a ser de 33 milhões de dólares. Em 1999, quando surgiu a primeira legislação no Brasil sobre a reciclagem de pilhas e baterias, foram produzidas mais de 800 milhões de pilhas. Até então, já existiam em circulação no país cerca de 10 milhões de telefones celulares.

Em 2006, a quantidade de aparelhos celulares no Brasil já ultrapassava 90 milhões de unidades. Esses números são oficiais, mas não levam em conta as pilhas e baterias contrabandeadas e falsificadas. Estima-se que elas representem 40% deste mercado.

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